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A Estrela de Absinto

1927

Foi escrito durante a Primeira Guerra Mundial, e conta a história de uma paixão que vinca o impulso artístico com a pulsão de morte, fazendo da repetição seu tema e forma. O realismo da obra acusa sentimentalmente as contradições da ilusão brasileira de modernidade.

A Escada Vermelha (mais tarde, A Escada)

1924

A escada, que completa a trilogia, é o retrato do percurso de mais um condenado em “terras brasílicas”, com conflitos típicos do seu tempo, tendo como protagonista um escultor modernista.

A Utopia Antropofágica

O volume reúne manifestos, teses, conferências e pequenos ensaios do polêmico autor modernista.

“1930: A Crítica e o Modernismo”, de João Luiz Lafetá

Autor: João Luiz Lafetá

São Paulo: Editora 34, 2000

Marco da nossa crítica literária, este livro investiga a passagem do “projeto estético” modernista dos anos 1920 ao “projeto ideológico” dos anos 1930. Enfocando os textos críticos de Agripino Grieco, Tristão de Athayde, Mário de Andrade e Octavio de Faria, o autor produziu um ensaio exemplar, que se move com extrema acuidade, seja no âmbito abrangente da história literária, seja no universo reduzido de cada obra.

“América Latina em sua Literatura”, org. César Fernández Moreno

Organização Unesco

São Paulo: Perspectiva, 1979 (1ª edição)

Dois enfoques fundamentais serviram de lume para os ensaios aqui reunidos: a) considerar a América Latina como um todo integrado pelas atuais formações político-nacionais; b) considerar a região a partir de sua contemporaneidade remontando ao passado, isso sim, quando seja necessário para compreender o presente. Com base em tais parâmetros que são os de um levantamento de auto-reconhecimento e não simplesmente os de uma fixação puramente objetiva de características e aspectos vistos à luz da crítica, alguns dos principais críticos e autores latino-americanos como Antônio Houaiss, Emir Rodrígues Monegal, Ramón Xirau, Severo Sarduy, Fernando Alegría, Haroldo de Campos, Antônio Cândido, Lezama Lima e outros, compuseram este quadro no qual se preocupa salientar a presença da América Latina em sua Literatura, ou seja, não propriamente a sua cultura em si, estilos, evolução, inventário de obras realizadas, mas a própria América Latina em ou através dessas manifestações culturais.

“Arawete: Os Deuses Canibais”, de Eduardo Viveiros de Castro

Autor: Eduardo Viveiros de Castro

Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1995 (esgotado e fora de catálogo)

A primeira análise em profundidade da vida social, política e religiosa de um povo Tupi-Guarani contemporâneo: os Araweté do médio Xingu (Pará). O autor viveu onze meses entre eles; aprendendo sua língua e participando de seu cotidiano, tentou apreender as questões que fundam a cosmologia, a filosofia social e a concepção da pessoa humana subjacentes a esta cultura, uma das poucas que segue resistindo com inteireza à ação civilizatória da Amazônia. Este trabalho foi premiado como a melhor tese de doutorado no I Concurso de Teses Universitárias e Obras Científicas promovido pela Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (Anpocs).

“Arqueologia da Violência”, de Pierre Clastres

Autor: Pierre Clastres

Tradução: Paulo Neves
Prefácio: Bento Prado Jr.
São Paulo: CosacNaify, 2004

Reunião dos últimos escritos de Clastres, interrompidos por sua morte prematura em 1977, num acidente de carro. Estes ensaios de antropologia política, escritos com extrema liberdade, reformulam a idéia de dominação nas sociedades ditas primitivas e fundamentam-se na teoria da “servidão voluntária” de La Boétie para realizar uma crítica incisiva da violência na sociedade ocidental. O autor define etnocídio, critica a antropologia marxista, antecipa a denúncia do massacre dos Yanomami na Amazônia e retoma a discussão sobre a origem do poder nas sociedades indígenas da América do Sul. Assim, sua etnologia eleva-se à esfera da filosofia política: o autor surpreende e encanta, evocando Conrad e Montesquieu, relatos de viagem, a mitologia americana, Freud, Hobbes e Rousseau, em doze ensaios de prosa refinada, erudita e coloquial.

Seu pensamento avança para muito além do heroísmo, da utopia e da ingenuidade, carregando os signos de um momento muito peculiar da cultura cívica libertária (anti-stalinista e pós-marxista). Do mesmo autor, nesta editora, veja A Sociedade contra o Estado.

“Artes Plásticas na Semana de 22”, de Aracy A. Amaral

Autor: Aracy A. Amaral

São Paulo: Editora 34, 1998

Publicada pela primeira vez em 1970, esta obra, ricamente ilustrada, chega à sua 5ª edição, revista e ampliada, com atualização bibliográfica e acréscimo, no apêndice, de dois textos de época inéditos em livro. Referência obrigatória no estudo da história da arte brasileira, expõe o contexto que fez da Semana um divisor de águas no nosso panorama cultural.

“Blaise Cendrars no Brasil e os Modernistas”, de Aracy A. Amaral

Autor: Aracy A. Amaral

São Paulo: Editora 34, 1997

Nesta nova edição, revista e ampliada, a historiadora e crítica de arte Aracy Amaral examina detalhadamente — e de forma pioneira — as relações do poeta suíço-francês Blaise Cendrars com os modernistas no Brasil. O livro aborda, entre outros fatos, o encontro de Cendrars com o grupo brasileiro em 1923, em Paris, a vinda do poeta ao Brasil no ano seguinte e as marcas que essa visita causou tanto em Cendrars como em Mário, Oswald de Andrade, Tarsila, Paulo Prado e outros.

“Brasil: da Antropofagia a Brasília”, de Jorge Schwartz

Organização: Jorge Schwartz

São Paulo: CosacNaify e Museu de Arte Brasileira-FAAP, 2002

Uma superprodução cultural e gráfica, o catálogo acompanhou mostra homônima no Instituto Valenciano de Arte Moderna (Espanha) em 2000/01 e no Museu de Arte Brasileira da Faap, em São Paulo, 2002. Com pesquisas e textos inéditos de sete professores-curadores em diversas disciplinas, o volume assume contornos de obra de consulta e referência para estudos de cultura brasileira na primeira metade do século XX.
A partir da Semana de Arte Moderna de 1922 e do Movimento Antropofágico, analisam-se as principais obras e questões culturais do período 1920-1950. A seção de Literatura ficou a cargo do curador-geral, Jorge Schwartz; Annateresa Fabris ocupou-se de Artes Visuais; Jean-Claude Bernardet de Cinema; José Miguel Wisnik de Música; Carlos A. Ferreira Martins de Arquitetura e Urbanismo; Rubens Fernandes Jr. e Jorge Schwartz de Fotografia; e Carlos Augusto Calil se encarregou da curadoria Presenças estrangeiras.
O catálogo inclui apêndice com os principais documentos e manifestos culturais brasileiros do período.

“Brazilian Popular Music and Globalization”, de Charles A. Perrone e Chistopher Dunn

Organização: Charles A. Perrone e Chistopher Dunn

EUA: University Press of Florida, 2001

“Brutality Garden: Tropicália and The Emergence of a Brazilian Counterculture”, de Christopher Dunn

Autor: Christopher Dunn

EUA, Carolina do Norte: The University of North Carolina Press, 2001.

“Cobra de Vidro”, de Sergio Buarque de Holanda

Autor: Sergio Buarque de Holanda

São Paulo: Perspectiva, 1978 (1ª edição)

Com Sérgio Buarque de Holanda, os estudos histórico-culturais, no Brasil, tomaram um novo rumo, e suas interpretações do universo brasileiro são, hoje, fundamentais nos debates críticos e nas vias da auto-identificação de uma consciência nacional. Entretanto, embora parte integrante do mesmo trabalho, o que é menos conhecido, talvez porque o próprio autor tenha de algum modo relegado este à margem de sua obra, é a sua valiosa atuação na crítica literária. É verdade que uma primeira coletânea veio a público há mais de três décadas. Entretanto, lateralmente e posteriormente a fecunda atividade de Sérgio Buarque de Holanda neste campo não cessou, havendo uma constante contribuição sua na imprensa brasileira de textos da maior importância, que ora aparecem em boa parte coletados e reeditados nesta segunda edição de Cobra de Vidro.

“Consuming Grief: Compassionate Cannibalism in an Amazonian Society”, de Beth Conklin

Autor: Beth Conklin

EUA, Texas: University of Texas Press, 2001

O livro é um estudo sobre a comunidade indígena Wari e seus rituais de antropofagia funerária, que foram praticados até a década de 1960.

“Correspondência de Mário de Andrade & Manuel Bandeira”, de Marcos A. Moraes

Organizador: Marcos A. Moraes

São Paulo: Edusp, 2001.

Sobre a numerosa correspondência de Mário de Andrade, disse Antonio Candido: “Encherá volumes e será porventura o maior movimento do gênero, em língua portuguesa: terá devotos fervorosos e apenas ela permitirá uma vista completa de sua obra e do seu espírito”. Lacrada até julho de 1997, a pedido de Mário, a parte mais significativa dessa correspondência começa a ser revelada nesta edição que dá conta da fértil comunicação, ao longo de três décadas, entre dois dos maiores nomes da literatura brasileira.