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“Arqueologia da violência” de Pierre Clastres

Cosac Naify. 2004.

“La Société Contre l’État” de Pierre Clastres

Les Étidions de Minuit. 1974.

“Os Canibais”, de Pierre Clastres

Crônica dos Índios Guayaki: o que sabem os Aché. Rio de Janeiro: ed. 34, 1995.

“Arqueologia da Violência”, de Pierre Clastres

Autor: Pierre Clastres

Tradução: Paulo Neves
Prefácio: Bento Prado Jr.
São Paulo: CosacNaify, 2004

Reunião dos últimos escritos de Clastres, interrompidos por sua morte prematura em 1977, num acidente de carro. Estes ensaios de antropologia política, escritos com extrema liberdade, reformulam a idéia de dominação nas sociedades ditas primitivas e fundamentam-se na teoria da “servidão voluntária” de La Boétie para realizar uma crítica incisiva da violência na sociedade ocidental. O autor define etnocídio, critica a antropologia marxista, antecipa a denúncia do massacre dos Yanomami na Amazônia e retoma a discussão sobre a origem do poder nas sociedades indígenas da América do Sul. Assim, sua etnologia eleva-se à esfera da filosofia política: o autor surpreende e encanta, evocando Conrad e Montesquieu, relatos de viagem, a mitologia americana, Freud, Hobbes e Rousseau, em doze ensaios de prosa refinada, erudita e coloquial.

Seu pensamento avança para muito além do heroísmo, da utopia e da ingenuidade, carregando os signos de um momento muito peculiar da cultura cívica libertária (anti-stalinista e pós-marxista). Do mesmo autor, nesta editora, veja A Sociedade contra o Estado.

“A Sociedade Contra o Estado”, de Pierre Clastres

Autor: Pierre Clastres
Tradução: Theo Santiago
São Paulo: CosacNaify, 2003.
Apêndice: entrevista inédita com o autor, realizada em 1974

Esta coletânea de onze artigos publicados entre 1962 e 1974 por Pierre Clastres (1934-77) constitui um dos mais importantes trabalhos de antropologia política já divulgados. A obra reflete uma reviravolta nas ciências humanas, propiciada nos anos 60 por autores franceses como Claude Lévi-Strauss, Michel Foucault e Gilles Deleuze. Clastres critica a Razão política ocidental, aferrada em noções de dominação e subordinação, e afirma que a sociedade civil pode prescindir da figura do Estado. Para demonstrar essa tese audaz, o autor analisa a experiência de povos indígenas da América do Sul.