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Acaba de Chegar ao Brasil o Bello Poeta Frances Blaise Cendrars

BR / Sonoro / Documentário / 1972
42 min / cor e BP/ 35mm

Produção, roteiro e direção: Carlos Augusto Calil

Reconstituição, através de fotos, filmes e textos, da chegada ao Brasil do poeta Cendrars, em 1924. Homenagens recebidas, visitas pelo país e o desejo de realizar um “filme 100 por cento brasileiro”. Depoimentos de figuras que conviveram com a intensidade do núcleo de artistas modernistas: Tarcila do Amaral, Oswald de Andrade, Mário de Andrade e Di Cavalcanti. Cenas de São Paulo, Rio de Janeiro, Fazenda São Martinho e a Revolução de 1924, colhidas por Luís da Silva Prado, Humberto Caetano e M. Dias. Cenas do filme Les Heures Chaudes de Montparnasse. Referência a Aleijadinho e Febrônio Indio do Brasil. “O filme reconstitui através de documentos de época (fotos, filmes) a chegada do poeta ao Brasil em fevereiro de 1924. São Paulo é a segunda etapa da viagem, após a descida no Rio e a recepção de Graça Aranha. Em São Paulo é saudado ferozmente por Mario de Andrade. Convive com os modernistas em ambientes finos e aristocráticos, homenageado em jantares. É convidado a fazer conferências na provinciana capital paulista. Viaja ao interior do estado, sendo recebido em fazendas de café, que o impressionam vivamente. Assiste ao carnaval do Rio e percorre o roteiro barroco das Minas Gerais: Congonhas do Campo, Sabará, São João del Rei. Estas experiências são revividas através de depoimentos de amigos brasileiros: Tarsila do Amaral, os escritores Prudente de Morais Neto e Sérgio Buarque de Hollanda e a viúva de Paulo Prado, D. Marinette Prado. Julho de 1924: estoura a revolução do general Isidoro Dias Lopes. A revolução impede Cendrars de realizar “um filme 100% brasileiro”. As atualidades da época revivem o episódio. Retornando a Paris, Cendrars transforma-se no embaixador do modernismo brasileiro, convivendo estreitamente com Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral e Paulo Prado, durante a década de 20″. (Embrafilme/Arquivo CGV)

“Brasil: da Antropofagia a Brasília”, de Jorge Schwartz

Organização: Jorge Schwartz

São Paulo: CosacNaify e Museu de Arte Brasileira-FAAP, 2002

Uma superprodução cultural e gráfica, o catálogo acompanhou mostra homônima no Instituto Valenciano de Arte Moderna (Espanha) em 2000/01 e no Museu de Arte Brasileira da Faap, em São Paulo, 2002. Com pesquisas e textos inéditos de sete professores-curadores em diversas disciplinas, o volume assume contornos de obra de consulta e referência para estudos de cultura brasileira na primeira metade do século XX.
A partir da Semana de Arte Moderna de 1922 e do Movimento Antropofágico, analisam-se as principais obras e questões culturais do período 1920-1950. A seção de Literatura ficou a cargo do curador-geral, Jorge Schwartz; Annateresa Fabris ocupou-se de Artes Visuais; Jean-Claude Bernardet de Cinema; José Miguel Wisnik de Música; Carlos A. Ferreira Martins de Arquitetura e Urbanismo; Rubens Fernandes Jr. e Jorge Schwartz de Fotografia; e Carlos Augusto Calil se encarregou da curadoria Presenças estrangeiras.
O catálogo inclui apêndice com os principais documentos e manifestos culturais brasileiros do período.